De manhã cedo, o meu irmão liga-me a dar-me a novidade. Às 03h34 nasceu o Artur, o meu sobrinho. Poderia ser só isto o dia, cabe tudo lá dentro, mas já hoje também conhecemos a Srª Irene, de 77anos, e o Srº Valdemar, de 80 anos, que são ajudados pelo serviço de apoio ao domicílio do Corvo. Entrar em casa de alguém que não conhecemos é uma dádiva preciosa. Não é só o tempo de vida, é a postura, o poder de visualizar um fio que nos liga a todos, do nascimento à morte. Isto é universal, isto não depende da geografia, isto não depende do isolamento. Hoje, depois de uma semana e meia de conversas, a Srª Inês acabou o gorro.
O Festival Festa Redonda, que decorrerá nas nove ilhas dos Açores, arrancou no dia 25 de Outubro de 2007 e irá prolongar-se durante dezoito meses até Abril de 2009.
O evento, cujo nome presta homenagem ao escritor açoriano Vitorino Nemésio que escreveu “Festa Redonda, Décimas e Cantigas de Terreiro Oferecidas ao Povo da Ilha Terceira” (1950), pretende facilitar o acesso de algumas franjas da população açoriana mais votadas ao isolamento a várias formas de cultura, contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico das ilhas do arquipélago e divulgar jovens valores em nove áreas de criação artística distintas.
As mostras de Arquitectura/Design, Cinema, Dança, Escultura, Fotografia, Literatura, Música, Pintura e Teatro vão correr os Açores durante ano e meio, numa lógica de festival itinerante. Cada Arte estará em cada ilha por um período máximo de dois meses.
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