
O Festival Festa Redonda, que decorrerá nas nove ilhas dos Açores, arrancou no dia 25 de Outubro de 2007 e irá prolongar-se durante dezoito meses até Abril de 2009.
O evento, cujo nome presta homenagem ao escritor açoriano Vitorino Nemésio que escreveu “Festa Redonda, Décimas e Cantigas de Terreiro Oferecidas ao Povo da Ilha Terceira” (1950), pretende facilitar o acesso de algumas franjas da população açoriana mais votadas ao isolamento a várias formas de cultura, contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico das ilhas do arquipélago e divulgar jovens valores em nove áreas de criação artística distintas.
As mostras de Arquitectura/Design, Cinema, Dança, Escultura, Fotografia, Literatura, Música, Pintura e Teatro vão correr os Açores durante ano e meio, numa lógica de festival itinerante. Cada Arte estará em cada ilha por um período máximo de dois meses.
segunda-feira, 24 de março de 2008
Marco Mendes e Miguel Carneiro
Tenho Orgulho Em Ser Uma Vaca
Esta pintura mural partiu do desejo de representar alguns elementos alusivos à nossa passagem pela ilha, recheada de histórias caricatas e momentos contemplativos, propiciados quer pelas extraordinárias paisagens, quer pela gente afável e carinhosa que nos recebeu. Foi uma obra colectiva produzida em jeito de agradecimento, e durante a sua execução divertimo-nos imenso, como se percebe pelo resultado final. A interacção com os residentes locais (sobretudo crianças) que por lá passavam enquanto estávamos a pintar, foi um dos melhores indicadores de que não havíamos errado na nossa proposta de decorar o parque infantil com uma pintura tão provocatória quanto divertida.
Esperamos poder regressar aos Açores e repetir a experiência num outro contexto. O convívio intenso com todas as pessoas envolvidas no Festival Festa Redonda, a simpatia e generosidade de todos com que nos cruzamos funcionou verdadeiramente como uma espécie de reforço positivo e ficará para sempre na nossa memória.
Um Abraço a todos!!
Marco Mendes
Miguel Carneiro
Miguel Januário
(ver biografias)
terça-feira, 11 de março de 2008
Teresa Perdigão
Realizou “Nas Termas da Rainha” (1996), co-realizou “Florípes – O Auto de Florípes na Ilha do Príncipe” (1998) e “Pico - A Ilha da Montanha” (2004).
Venceu o Prémio de Melhor Montagem nos IX Encontros Internacionais de Cinema Documental com “Florípes – O Auto de Florípes na Ilha do Príncipe”.
Júlio Barata
Como freelancer tem realizado documentários nas áreas da etnografia, música e festas tradicionais, filmes publicitários e comerciais. É autor e realizador de curtas-metragens de ficção,
Pertence aos quadros da RTP desde 1986. É produtor e professor da Licenciatura de Cinema e Vídeo da Universidade Lusófona.
Escreveu o argumento e realizou “A Metáfora”, “A Verdade Perigosa” e “Auto Retrato” (os três de 2004). É seu o argumento de “O Sonho” (2003).
No campo do documentário, realizou: “Feed-Back Positivo”, “Resolução de Conflitos”, “As crianças
A Ilha da Montanha
Ilha açoriana de pedras negras, de pão escasso e de vinho verdelho, com o mar a acenar novos caminhos e outros futuros.
Alguns responderam ao chamamento e partiram, mas outros ficaram. Foram pastores, pescadores e baleeiros. Sulcaram a terra, do mar até à montanha. Criaram gado e outras formas de subsistência, que foram escasseando cada vez mais. Abriram caminhos e encontraram soluções. Fizeram cantigas de seroar e dançaram a chamarrita ao som do violino.
Mas a ilha mudou e muitos dos que partiram, hoje estão de regresso.
A montanha tornou-se apetecível e o mar adoçou o penar de outrora.
É destas mudanças que nos falam três habitantes do Pico: Canarinho, Costa e Daniel. Este emigrou e, anos mais tarde, fixou-se na ilha, onde trabalha e vive porque vale a pena voltar. O Costa saiu para estudar e regressou com o entusiasmo do seu amor pela ilha à qual dedica as suas canções. O Canarinho nunca emigrou. Através da música e do canto levou a recordação da ilha maior por esses países fora, como mercador da saudade.
Os três, na adega de Canarinho, oferecem-nos, em conversas quase privadas, uma viagem pelos recursos da ilha, do quotidiano, da música e das suas paisagens, sempre embalados na bruma da memória.
Um filme de Júlio Barata e Teresa Perdigão
Ver biografias de Júlio Barata e Teresa Perdigão