DESTAQUE: Junta de Freguesia de Ribeira Chã adquire obras do Festa Redonda para nova sede. Ver Iniciativas
Aceitamos propostas de projectos na área da Escultura e Cinema.

O Festival Festa Redonda, que decorrerá nas nove ilhas dos Açores, arrancou no dia 25 de Outubro de 2007 e irá prolongar-se durante dezoito meses até Abril de 2009.

O evento, cujo nome presta homenagem ao escritor açoriano Vitorino Nemésio que escreveu “Festa Redonda, Décimas e Cantigas de Terreiro Oferecidas ao Povo da Ilha Terceira” (1950), pretende facilitar o acesso de algumas franjas da população açoriana mais votadas ao isolamento a várias formas de cultura, contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico das ilhas do arquipélago e divulgar jovens valores em nove áreas de criação artística distintas.

As mostras de Arquitectura/Design, Cinema, Dança, Escultura, Fotografia, Literatura, Música, Pintura e Teatro vão correr os Açores durante ano e meio, numa lógica de festival itinerante. Cada Arte estará em cada ilha por um período máximo de dois meses.

Esta é uma iniciativa da Associação Cultural Festa Redonda, criada com um objectivo que ultrapassa a realização deste evento único: ajudar a desenvolver regiões e comunidades, através da Arte e da Cultura, levando a locais isolados artistas, programadores, agentes culturais e realizações culturais que, de outra forma, não seriam aí acessíveis.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

30 de Dezembro

Hoje há casamento. O Marco Paulo com a Carla, os mesmos que foram de urgência em Setembro num helicóptero militar para o Faial quando à Carla tinham rebentado as águas. Três dias depois nasceu a Clara. Hoje oficializam a ligação na Igreja e baptizam a filha. O Marco Paulo é irmão do Lugério que já tínhamos filmado a trabalhar na padaria. Ambos casaram com brasileiras chegadas ao Corvo faz um ano. A Internet estreita as distâncias e casam-se as necessidades. São os novos casais modernos. Não é só no Corvo, já vi o mesmo a acontecer um pouco por todo o lado. Gosto deles, destes irmãos, vizinhos de casa e de amores que já aparecem nas fotos do Jorge Barros em 1992, lado a lado na lavoura, olhar frontal e puro.


Gonçalo Tocha

29 de Dezembro

No Corvo vejo da minha janela a mudança dos ventos. Em frente estão a pista do aeroporto e a manga de vento que se levanta. Ontem parada, hoje espetada para Norte devido ao vento de Sudoeste. Num só dia tudo mudou: o mar encrespado, os pescadores em terra. No ginásio da escola os preparativos da festa de Ano Novo. Este ano, não há uma comissão de festas. Parece que a vila não está envolvida. O que poderia ser uma festa comum e partilhada a favor de todos transforma-se este ano num evento organizado por poucos com interesses particulares. Pouca gente na rua. Entramos no Centro de Convívio para filmar algumas fotos antigas. Lá dentro, 5 ou 6 anciões que já filmáramos em outras ocasiões. Silêncio. Já nos conhecem mas observam curiosos os nossos gestos. Sei que alguma coisa pode surgir dali. Mostro-lhes o relato das Naus Piratas que atacaram o Corvo no século XVII. É só o início, para se poder falar de outras coisas. Fixo o plano e deixo correr a imagem, meia hora onde se discute a vida. Conscientes e atentos, cáusticos e irónicos, enfrentam-nos. Ainda não sei como isto acontece em frente da câmara. Parece um túnel por onde entramos.


Gonçalo Tocha

28 de Dezembro

Por vezes acordo e não sei onde estou. Não reconheço os sons, a luz pela janela. A minha casa está entre a Igreja e o porto, na Rua da Matriz mas isso não quer dizer nada, os sonhos que tenho são sobre tudo o que não é desta ilha. Quando me habituar a dormir neste quarto já estarei de partida. Acho que, desde a doença da minha mãe, o meu sono é demasiado leve. Não durmo bem, profundamente acordado pelas motocultivadoras, as moto-quatro e os carros que enchem as ruas da vila.
Li há uns dias que um arquitecto em Lanzarote, enquanto protestava contra o tráfico desmesurado da sua ilha, foi morto por atropelamento. Não me cabe a mim ser mártir sem causa, mesmo que os carros aqui sejam bichos sem estrada para comer. Na Caparica quando acordo mal vou de mergulho no mar. Aqui desço o pontão do porto cheio de sol e mar bonançoso como é tão raro no Inverno. Todos os pescadores saíram para a pesca de barco e não nos avisaram como lhes tinha pedido. Ficamos em terra com a câmara enxuta. Dias destes são poucos, para uma pesca produtiva. Pena… Conto até dez e salto o pontão, cabeça primeiro, um arrepio pela espinha. A água está mais fria do que esperava.
Mais em cima, encontro o Dídio e os restos duma matança do porco. A carne é cortada em costeletas numa mesa de madeira ao sol fulminante sem nuvens. Na imagem é um brilho de sangue seco e quente. A morte já passou, agora é só bonito de tanto vermelho, as mãos e a carne, o suor e o liquido que escorre até à rua.

Gonçalo Tocha

27 de Dezembro

Hoje todo o dia no posto dos CTT. Em Agosto tinha sido impossível, faltava uma autorização oficial para filmar. Normalmente temos a ideia de que os correios só servem para enviar cartas e receber contas para pagar. Os Correios do Corvo servem para tudo: expedir encomendas volumosas, mercadoria, comida, material técnico, substituindo-se muitas vezes ao transporte marítimo e aéreo. E todos passam por lá, nem que seja para carregar telemóveis. No Corvo as casas não têm número na porta. Não é preciso, o carteiro Orlando sabe onde toda a gente vive. Basta o nome da pessoa e o nome da rua. Se o dia começou cinzento e com chuva, fez-se depois sol dourado e céu azul, quente a mais de 15 graus. Saímos na ronda da distribuição das cartas, rua acima, rua abaixo, o Orlando nosso actor, cúmplice dirigindo a acção, comentando os pormenores que encontrávamos. É isto que gosto: encontrar um tema central para nos podermos desviar do assunto. O fim do dia caía já no topo da vila e encontramos pessoas que nunca tinha visto, casas em que nunca tinha entrado, uma luz tão amarela na imagem que fazia sombras irreais no chão castanho e verde do musgo que se cria com a humidade. Penso que estava com uma exposição na câmara exagerada mas não a corrigi. Gosto dessa irrealidade. Um pouco conscientemente e este vai ser um filme cada vez mais centrado em objectos, pedaços de coisas, mãos, animais, vozes, água e verde. Pormenores que todos juntos poderão formar uma imagem.


Gonçalo Tocha

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

26 de Dezembro

Aqueles peixes minúsculos que vivem junto da costa andam em cardume e parece que se deixam apanhar de propósito, de onde eu venho chamam-se Janquizinhos, aqui são Chicharros. O Joca e o Pereira não se podem fazer ao mar, continua fresco e picado. Ficam no porto a apanhar chicharros. As nuvens estão cinzentas e em massa, de vez em quando raios da luz do sol criam cambiantes no morro das casas. O Dornier aterra por cima da vila. As gaivotas que tentam apanhar os restos de peixe substituem a ausência do Joca e do Pereira no porto. Já saíram. Uma hora mais tarde estamos a comer os chicharrinhos fritos. Uma delicia regada a vinho. Horas na conversa. Deixar passar o tempo. Hoje descansamos das seis cassetes filmadas durante o Natal.


Gonçalo Tocha


25 de Dezembro

O sol rasgou pela nuvens e a luz está doirada no mar visto da minha janela quando acordo. Poucas pessoas na rua. Desta vez moro perto da Igreja e quando lá chego vejo pastores e profetas, reis e rainhas, quase todos os miúdos da vila, a serem vestidos para o presépio vivo da missa de Natal. Não me parece que haja decréscimo da população no Corvo, muita gente a casar-se, muitos filhos a nascerem. Atrás da Igreja fica o Salão dos Bombeiros, lá prepara-se o Baile de Natal, para onde o Michael, mais uma vez, levou o seu material de som. Já vínhamos preparados para que isto pudesse acontecer e portanto trouxemos o Mestre teclado Acácio connosco. “Já têm algum conjunto para animar o baile?” Sendo assim eu e o Dídio mudamos para TOCHAPESTANA, o maravilhoso baile popular pela primeira vez no Corvo com dois convidados da terra, o Michael nas teclas e a Andreia na voz. É um risco previsto, assumido, e potencialmente catastrófico: cantar música pimba futurista quando se está a fazer um filme.

Gonçalo Tocha

24 de Dezembro

Vamos passar a noite de Natal fora de casa e da família. Aqui e agora é a sensação de ser adoptado. Gostaríamos de estar em todo lado, perceber o que significa esta data para pessoas tão diferentes como as famílias numerosas do Corvo, os homens que se exilaram nesta ilha ou aqueles que vivem sozinhos. Somos convidados para jantar com a família Pereira. Saímos pelas nove e meia, distribuímos os presentes simbólicos que destinámos a algumas pessoas. Ruas desertas, casas iluminadas, algumas casas vazias. Lá dentro o que se passará? É triste perdermos tanta coisa, ou melhor, não ver tanta coisa.
Depois da missa do Galo, com a Maria, o José e o menino Jesus em carne e osso, levam-nos de casa em casa, o Natal de porta em porta a apanhar os restos da noite, somos dez ou doze, vinte e tais anos, tipo Rave na noite, copo sim, copo sim, acordam-nos para nos receber, casas e pessoas do Corvo que nunca tinha visto antes. Estou tão bêbado quanto eles e por isso continuo a filmar.

Gonçalo Tocha

23 de Dezembro

O que é o Natal? Como se filma o Natal? São as lojas, carregadas de brinquedos e roupa, bugigangas e outras coisas que nunca usamos. Aqui não há centros comerciais, não há grandes superfícies, as compras para a ceia são feitas nas mercearias, as prendas nas lojas de variedades. À entrada, um anúncio para apoiar o comércio tradicional, mas no Corvo só há comércio tradicional. Isso torna o consumo muito mais próximo e familiar, dá para conversar, mas não deixa de ser consumo exagerado que a época obriga. Prendas e lixo. Tudo isto quase que não está no filme. São as coisas que perdemos. Na nossa peregrinação pelas lojas nas vésperas de natal, falhávamos sempre as horas fortes. “Deveriam ter chegado mais cedo, há duas horas atrás nem se podia entrar…”
O Corvo pode parecer pequeno, mas como em todo o lugar do mundo, há muita coisa que se passa em simultâneo.

Gonçalo Tocha

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Santa Maria


Vila do Porto
Em parceria com a Associação Cultural Artes em Trânsito e com o apoio da Câmara Municipal de Vila do Porto

Escultura
8 de Março a 20 de Abril de 2008

Sentir o Azul
Isabel Sousa Carvalho
Na Igreja de Nossa Srª das Vitórias (junto ao Jardim Municipal)

O Mandacaru Pede Passagem
Clênio Bolson
Na Igreja de Nossa Srª das Vitórias (junto ao Jardim Municipal)

(O)pressão
Paulo Moura
Na Igreja de Nossa Srª das Vitórias (junto ao Jardim Municipal)

Ela na Praia
Leonor Pêgo
Na Igreja de Nossa Srª das Vitórias (junto ao Jardim Municipal)

Aos Avós
Leonor Pêgo
No Jardim Municipal

Mulher de Ferro
Leonor Pêgo
Na Rotunda do Aeroporto

Torre de Vígia
Leonor Pêgo
No Cais de Vila do Porto

Palestra sobre o tema Cerâmica Raku, por Isabel Sousa Carvalho
8 de Março, às 16 horas

Inauguração das exposições
8 de Março, às 17 horas

Cinema
De 24 de Maio a 7 de Junho

Dia 24 de Maio*
C-Mail, Quando o Correio Chega, de Filipe Araújo
Selvagens: A Última Fronteira, de Filipe Araújo
Auditório da NAV, 21h30

* Com presença do realizador

31 de Maio
Balaou, de Gonçalo Tocha
Auditório da NAV, 21h30

7 de Junho
A Ilha da Montanha, de Júlio Barata e Teresa Perdigão
Auditório da NAV, 21h30

Faial

Horta

Teatro

27 de Dezembro de 2007 a 21 de Fevereiro de 2008

A programar

22 de Dezembro

Começo a sentir o investimento da nossa volta. Os olhares são diferentes, as portas de casa já se abrem, as conversas prolongam-se. Continuamos curiosos de tudo, disponíveis para todos. Mas é um fino limite, uma corda bamba. A claustrofobia de todos sobre a vida dos outros. Um passo em falso e tudo isto pode tornar-se um inferno social. Mas há fascínio e vicio nesta concentração do olhar: o dizer bom dia a todos com quem nos cruzamos, a economia de estímulos exteriores, a certeza do que vai acontecer no dia-a-dia. Aqui tenho tempo e espaço para pensar, aqui posso continuar a procurar.
Hoje colocámos à prova a nossa técnica das imagens filmadas comentadas. Tentar devolver o olhar do assunto que filmo a quem o vê todos os dias. Não falar sobre a imagem real, mas da nossa imagem construída sobre o real. É este dispositivo que pode permitir uma reflexão orgânica vinda de dentro e não um registo de factos jornalísticos.
Assim que coloquei o Joca e o Pereira em frente do monitor sabia que estávamos a passar para outra fase do projecto. Como romper o gelo e entrar na água dentro da superfície.

Gonçalo Tocha

21 de Dezembro

Sentir o cheiro da Aerogare e procurar no céu a vinda do Dornier, os horários mutáveis e flexíveis de quem parte e quem chega, quem se despede e quem espera. Hoje partiram alguns trabalhadores para Lisboa. Ao todo no Corvo são mais de quarenta, cabo-verdianos, são-tomenses, ucranianos… Trabalham nas obras do novo parque infantil, na reconstrução da biblioteca, na construção das vivendas novas na parte nova da vila, nas estradas abertas para os campos lá em cima. Uns partem para passar o Natal em família, nós passamo-lo longe. Aqui também não o sentimos muito, só nas iluminações psicadélicas das casas e ruas, só nas quatro ou cinco lojas que vendem tudo, dos presentes que todos já conhecem aos souvenirs dos imigrantes. Há consumo como em todo o lado, mas mais localizado e familiar. Se houvessem centros comerciais todos iam aos centros comerciais. Mas não há e é um alívio para a sanidade mental. O tempo escorre, aqui é mais claro que as datas especiais são meros pontos no nosso calendário contínuo.

Gonçalo Tocha


20 de Dezembro

Integrada na programação do Festival Festa Redonda a exibição do Balaou no Corvo já estava planeada. Com a nossa presença aqui torna-se essencial para que possam saber um pouco do que fizéramos antes. Do dia 19 passa-se para o dia 20 Dezembro, o Michael (quem fornecia o material de som) lembrou-se que afinal nesse dia havia um ensaio do coro da missa de Natal. Contingências maravilhosas e facilidades de programação, altera-se de repente a data e toda a gente fica a saber. O passa a palavra funciona aqui melhor do que em qualquer lado. Ao salão dos bombeiros chegam 30 a 40 pessoas, 10% da população. A meio do filme veio ter comigo um homem das Flores, antigo baleeiro, pai do Amândio que vive no Corvo, e diz-me que conheceu o homem do barco-ovo de quem fala o Beru no filme. Isto passou-se há cerca de 40 anos atrás e jura-me que até tem fotografias dele. “Um homem enorme que chegou todo dobrado. Não conseguia andar depois de uma viagem de semanas dentro de um barco à vela minúsculo.” Coincidência ou acaso deste homem ter vindo ter comigo, é verdade que nesta projecção os dois filmes se fundem. De um passo para o outro. Milagre ou banalidade o Beru e a Florence há dois anos e meio, vindo das Flores, encontraram-me e mudaram-me o destino. Da Vila do Corvo só se vê as Ilha das Flores e das Flores a melhor vista que se tem é o Corvo…

Gonçalo Tocha


19 de Dezembro

Chegamos ao Corvo num dia cheio de luz e calma depois da tempestade. Só agora sei a falta que isto me faz, o voltar a uma terra conhecida e perceber o que já se criou. Para o bem e para o mal, jogamo-nos aqui dia a dia. Continuo a achar que estamos no meio de uma micro-sociedade protegida pela geografia.
O vento passou mas deixou as correntes do mar. Estas vagas enormes que ultrapassam o pontão do porto, saltam por cima e se desfazem em espuma, à luz de um sol três horas da tarde atrás das nuvens. Só ouço dizer "isto não é nada, já vi muito maior". E muito maior saltam depois, num movimento repentino, filmo de muito perto, desço as rochas, faço zoom e entro dentro da onda até cair em vertigem. Os barcos não aguentam, a vila protege-se com a falésia que leva porrada todo o Inverno. Hoje foi só isto e o que o mar transporta para terra, plásticos e madeira entre as rochas, misturado com o lixo das casas mesmo por cima. Uma ilha sem abrigo seguro. Uma imagem de um barco parado no meio do Atlântico. O resto é tudo igual a todo o lado.

Gonçalo Tocha

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A Lei dos Outros


Num quintal velho e abandonado, ALEX, um jovem rebelde e perturbador da paz, acorda de madrugada sem se lembrar nada do que se passara na noite anterior. Ao entrar na cave, encontra um polícia amarrado e espancado. Perplexo com aquela situação, ALEX tenta descobrir como a noite chegou àquele ponto. No entanto, os seus dois melhores amigos, VESPA e JUCA, não mostram vontade de querer pôr a verdade totalmente a descoberto, e parecem estar unidos no desejo de matar o polícia que tanto os atormentou toda a vida. À medida que o dia vai nascendo e a lucidez de ALEX vai regenerando, as memórias retornam como pedaços estilhaçados que tentam encontrar um todo racional. No fim, ALEX, que queria tomar a decisão mais acertada, descobre que a verdadeira razão pelo qual espancaram o SUBCHEFE LACERDA, foi por este ter chegado ao pico da sua malvadez ao violar a namorada do jovem ALEX. A sede de vingança toma posse do rapaz, e LACERDA vai fazer tudo por tudo para tentar deturpar a mente dos 3 rapazes e salvar a sua pele suja.


Um filme de Tiago Carvalho
Elenco: Marcontonio Del Carlo, Ian Velloza, Nuno Vinagre, Ramon Martinez, Inês Castel-Branco e Miguel Menezes

Ver biografia de Tiago Carvalho


Tiago Carvalho


Nasceu a 26 de Novembro de 1981. Começou a “brincar aos filmes” com a camera de um amigo desde os 10 anos, e teve um ensino secundário especializado em Cine-Video na Escola de Artes António Arroio. Assim acabou por entrar na Escola Superior de Cinema com uma noção bastante sólida de como contar uma história através duma camera. Depois de finalizar o bacharelato afirmou-se de imediato como realizador na área dos videoclips tendo como últimos projectos em evidência a curta A Lei dos Outros, The Way of the Sword, O Monstro Precisa de Amigos (pós-produção) e a sua primeira longa-metragem The Fear Session (pré-produção). Está actualmente a finalizar a sua licenciatura na Universidade Federal Fluminense (Rio de Janeiro).

Lisboa e Faial, 18 Dezembro

Em Lisboa a Sofia encontrou-nos. Já a conhecêramos em Agosto. Ela é do Corvo mas estuda em Lisboa. Está aliviada por viajar connosco. Não gosta de aviões, de andar no ar, ainda menos no Dornier, escaldada por tantos sustos, principalmente no Inverno. Está nervosa, tentamos acalmá-la, nós que estamos prontos para sofrer um revés, de sentir o que é tentar chegar ao Corvo e não conseguir.
Cheios de material às costas e imagens anteriores, encontrámos o sentido da espera: acompanhá-la nas suas apreensões. Ela tem dentro de si a experiência física da viagem, o salto geográfico por cima do mar.
E já no segundo dia de voo cancelado, no segundo dia de tempestade, no segundo dia de espera, lembro-me do Beru (do barco Balaou) a dizer que não se pode ir contra a vontade da natureza, que vamos sofrer se a tentarmos enfrentar. Estamos calmos e aceitamos mas penso que é diferente para quem tem família do outro lado e parte da sua terra e origem a chamar-lhe para voltar.
Por enquanto, da janela do nosso quarto, olhamos para o topo do Pico tão perto e não tenho vontade de o subir. O mundo é uma cabeça habitada pela Ilha do Corvo.

Gonçalo Tocha

Lisboa e Faial, 17 Dezembro

É este o motivo do nosso regresso. O Inverno. E ele abre-se em toda a sua força, embrulhado em ventos múltiplos e diagonais, cruzado em chuvadas curtas e levantado no mar encrespado.
Chegámos ao Faial na segunda-feira para apanhar o voo de ligação para Corvo mas o pequeno Dornier não apareceu. Ainda levantou na Terceira mas já perto da pista da Horta levou com rajadas de vento no nariz e teve de voltar para trás. Estamos parados no Faial.
Voo cancelado. Não foi o único. Em toda a região, um pouco assim.
É o círculo do arquipélago. Já não é só a sua beleza natural e paisagística (e por enquanto conservada) o que ainda e sempre me surpreende, são os seus temperamentos meteorológicos, este movimento puro de ventos e marés, nuvens, nuvens, sempre nuvens em deslocamento.

Gonçalo Tocha

Daqui Oceano Atlântico, Ilha do Corvo" - Diários de um filme


O relato da experiência nos Açores a propósito da realização de um documentário sobre o Corvo, no âmbito da iniciativa "9 ilhas, 9 documentários", por Gonçalo Tocha e Dídio Pestana.

17 de Dezembro
18 de Dezembro
19 de Dezembro
20 de Dezembro
21 de Dezembro
22 de Dezembro
23 de Dezembro
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30 de Dezembro
31 de Dezembro
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A Frente pela Antecipação do Grande Terramoto.

A FAGTL foi refundada a 1 de Novembro de 2005, no âmbito do aniversário do grande terramoto de Lisboa (1755). O movimento histórico que reclama uma nova e ainda maior réplica do mesmo, no qual a FAGTL se inclui, começou logo no dia 2 de Novembro de 1755 assim que os lisboetas se aperceberam da reconstrução que estava a ser erigida.
O grupo tem mais de mil simpatizantes. Entre estes há gente de diferentes formações: de marceneiros a doutorados em geofisica tectónica.
"Defendemos um grande terramoto mas não podemos, claro, ser responsaveis por ele e o paradoxo da nossa organização reside nisso mesmo", explica João Silva, secretário-geral da FAGTL. "Um grande terramoto. Um total reset da cidade. A mudança que queremos é total, completa e definitiva do paradigma urbano. Se compreendermos a incapacidade humana para o fazer com a distancia necessária temos que deixar tal tarefa nas mãos da natureza e daí o grande terramoto", continua o engenheiro informático.
Apesar da polémica causa, o número de simpatizantes da FAGTL tem vindo a crescer, sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa. Ao que parece, muita gente partilha a ideia de que a cidade, que recentemente sufragou novo presidente da Câmara em eleições intercalares, precisa de um "abanão".

Urbanismo selvagem em discussão


A Frente pela Antecipação do Grande Terramoto de Lisboa vai estar presente no Festa Redonda com um conjunto de conferências subordinadas ao tema geral do urbanismo selvagem e desenfreado.
Os Açores estão entre os assuntos a discutir. Nas intervenções, em cada ilha dos Açores, a FAGTL estará sempre representada por quatro dos seus elementos. Estas apresentações prometem ser dinâmicas e privilegiar a interacção com o público.
João Silva é secretário-geral da FAGTL e o principal rosto desta organização criada a 1 de Novembro de 2005 (o mesmo dia em que, em 1755, ocorreu o Grande Terramoto de Lisboa) e que reúne cerca de 500 pessoas, entre militantes e simpatizantes.

Saber mais sobre a FAGTL

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

David Machado


David Machado nasceu em Lisboa em 1978. Em 2001, licenciou-se no curso de Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão. Após três anos a trabalhar com os números, afastou-se para se dedicar à escrita a tempo inteiro. Começou por publicar contos no suplemento DN Jovem do jornal Diário de Notícias. Em 2004, participou na colectânea “Contos de Verão” da editora Coolbooks, com o conto “O fantástico Verão do Café Lanterna”.
Em 2006, a Editorial Presença publicou o seu conto infantil A Noite dos Animais Inventados, vencedor do Prémio Branquinho da Fonseca 2005 da Fundação Calouste Gulbenkian e do Semanário Expresso. E nesse mesmo ano, publicou o romance O Fabuloso Teatro do Gigante.
Em 2007 publicou o conto infantil Os Quatro Comandantes da Cama Voadora. E foi escolhido para representar Portugal no projecto Scritture Giovani do Festivaletteratura de Itália em colaboração com alguns dos principais festivais literários da Europa - The Guardian Hay Festival (Reino Unido), Bjørnsonfestivalen Molde og Nesset (Noruega) e Internationales Literaturfestival Berlin (Alemanha) –, com o conto A Noite Repetida do Comandante.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Fitacola


Os Fitacola surgiram em 2003. Diogo (voz/guitarra), Libelinha (baixo/coros), Besugo (guitarra) e Xico (bateria/coros) vêm de Coimbra e caracterizam-se por um som jovem. Uma atitude rebelde e inconformista perante a vida, e uma postura enérgica em palco. As letras, sempre em português, contêm sempre uma mensagem de acção, positiva, procurando combater o que consideram estar mal na sociedade, representando a juventude e uma geração que usa a voz dos Fitacola para provar que não é a tal 'geração rasca', tendo objectivos, valor e vontade de agir e mudar o que está mal.
Esta característica de humildade e carisma da banda explica a grande popularidade que a banda atinge entre as camadas mais jovens e faixas etárias estudantes pré-universitárias. A banda é tida como um modelo e exemplo de atitude saudável e activa perante a vida por parte de um número cada vez maior de fãs da banda, que nela se revê e nas suas letras, músicas e atitude.
A banda lançou recentemente o seu primeiro álbum de originais. O espectro artístico que influencia os Fitacola vem das próprias raízes sócio-culturais e musicais do nascimento da música moderna portuguesa, dos movimentos urbanos, de carácter social e até da própria arte urbana e desportos radicais, de onde todos eles inspiram e influenciam o trabalho e sonoridade da banda. Em dois anos a banda já superou a marca dos 75 concertos, entre os quais se destacam: Cercal Rock – 9ª edição, Festival Acção Directa 2005 (Açores – Ilha Terceira), Recepção ao Caloiro 2005 (Covilhã) – com Squeeze theeze pleeze e Fonzie, Queima das Fitas de Coimbra 2006 – com Hands on Approach e Boss AC, Semana Académica da Universidade de Aveiro (2006) – com Pluto e Expensive Soul, Semana Académica (2006 Castelo Branco) – com Tara Perdida, Hardclub – V.N. Gaia. (Cabeças de cartaz), Recepção ao Caloiro 2006 (IPC) Coimbra – com Peste & Sida e Asher Lane (Alemanha), RockOff 2006 VI edição (Cantanhede), Março Jovem 2006 (C.M. Seixal) – com Triplet.

Saber mais sobre a banda

Colectivo Pizz Buin

Pizz Buin é o colectivo das artistas Rosa Baptista, Irene Loureiro Vanda Madureira, e Sara Santos. Formado em 2005, na ressaca da produção artística funcionária de dispositivos instituídos e veiculados por escolas de arte, galerias, museus, textos de catálogo e livros de arte, o colectivo reage ao sistema artístico português (e por consequência do sistema aberto e global a todos os sistemas artísticos), através de medidas de gozo e de co-acção nominadas de acção-parasita.
A acção-parasita é dizer que a sua acção parte sempre de uma ideia/construção/conceitos/objecto já existente. O grupo cria interferências/ruído nos modos de operação, desmistificando o poder dos medietários da arte, dissecando formatações, vícios, know how's e enfim criando uma base de reflexão sobre os interfaces que sustentam o mercado da arte.
O colectivo participou em exposições como: o Projecto CASA, divisão COZINHA, in exposição Trabalhar cansa , Galeria Arte Contempo, Lisboa e Selling art , acção parasita durante a Inauguração de Hugo Canoilas: «pinturas inglesas e outros trabalhos», Palácio da Ajuda, Lisboa.
Os elementos do colectivo Pizz Buin fazem parte da selecção oficial do Prémio EDP Jovens Artistas 2007 , cuja exposição foi apresentada em Novembro.
Rosa Baptista
nasceu em 1980 e vive em Lisboa. É licenciada em Artes Plásticas pela E.S.A.D. Caldas da Rainha. Destacam-se a participação nas exposições: Laica no Espaço no Espaço, Lisboa; trabalho para projecto Fundação Sara&André, in Pêssegoprasemana, Porto; Bienal de Moçambique, Maputo; Biennal de Jovens Criadores do Mediterrâneo, Nápoles. No presente ano realizou uma residência de artista nos Open Studios em Dolni Porcenice/Praha.
Irene Loureiro nasceu em 1980 em Esmoriz. Licenciada em Artes plásticas pela E.S.A.D. Caldas da Rainha e no presente vive e trabalha no Porto. Destacam-se a participação nas exposições “Anonymous Artists” Galeria Bleutenweiss, Berlim; Megafone, Leiria; Gueto, no Espaço CalDesign, Caldas da Rainha; Casa 31, Caldas da Rainha. É também autora de Kink Poetry poesia para o colectivo Cospe na Cobra.
Vanda Madureira nasceu em 1973 em Matosinhos. Licenciada em Artes Plásticas pela E.S.A.D , Caldas da Rainha cidade onde vive e trabalha. Salientam-se a participação nas exposições: Salon, Galeria Violeta, Caldas da Rainha, projecto Buraco, Caldas da Rainha; VS, in IMAGO, festival de vídeo e cinema do Fundão; Gueto, no espaço CalDesign, Caldas da Rainha; Eu, Tu e o Ricardo na Galeria Mona do Cão, Calda da Rainha. Integra também o colectivo Cospe Na Cobra.
Sara Santos nasceu 1975 em Oeiras. Neste momento vive e trabalha em Lisboa. Destacam-se a exposição individual 7 Exposições temporárias, no Atelier Museu António Duarte, Caldas da Rainha e a participação nas exposições: Out to Punch, Lisboa; Moving still, Espace videographe, Montreal, Canadá, Vídeo Exchange, Rosenberg gallery & the commons NY,New York university department of art and art professions New York. No presente ano trabalhou como assistente de produção no MONSTRA -Festival Cinema de Animação de Lisboa.

Azorean Torpor: a imagem-postal


O projecto é uma proposta aberta, centrada na experiência dos Açores como lugar específico (ilha a ilha) contido num olhar exterior -o nosso enquanto outsiders - excluindo à partida a possibilidade de apresentar trabalhos pré-concebidos e adiantando a ideia de construir um espaço de trabalho localizado.
Perante a construção ilha/isolamento a comunicação/relação para o exterior é feita pelas imagens bidimensionais (gráficas e mentais) que construímos: imagens que vêem nos livros, que nos falam, que passam na televisão, que habitam nos postais e nos boletins meteorológicos...é a imagem que se evade ao espaço circunscrito.
Pretendemos desta forma tratar a imagem-postal enquanto representação de uma identidade de um espaço, e sua posterior importação; isto é, abordar a imagem como imagem simulacro, a partir da qual se questionam vivências, usos, actualidades, mitos e materialidades.
O trabalho que propomos inicia-se com uma recolha prévia das imagens a que temos acesso, a partir deste lado do Atlântico. Trazemos os Açores para cá. Posteriormente levamos uma ilha urbana para os Açores. Deslocamo-nos até ás ilhas e durante esses dias vivemos um espaço-laboratório sendo esse o momento em que se confrontam imagens. É criado um registo simulacro e consequentemente inventam-se paisagens –ou novas ilhas..(criam-se novos espaço, novas propagandas,..). Será recriada a imagem/paisagem, sob uma perspectiva pessoal e de vivência, utilizando como ponto de partida (ou apropriando) o lugar/posição do postal.
O trabalho desenrolar-se-á como um work in progress através da gradual itinerância entre ilhas, da qual é feita uma constante documentação. Consequentemente a concretização destas novas imagens criadas vai assim materializar-se no dispositivo/conteúdo postal e vídeo, culminando por exemplo numa possível recriação/reconstrução do universo dos postais turísticos dos Açores (a ser inseridos no contexto comercial) ou numa maquete vídeo divulgadora.

A Mula


Em Janeiro de 2006 inaugurou no espaço Maus Hábitos, na Rua Passos Manuel, no Porto, a feira de fanzines A Mula, com exposição de originais de banda desenhada e ilustração, desenho e pintura. Para além de um conjunto representativo de fanzines nacionais, vendia também cd’s de editoras independentes, como a Low Fly Records, fanzines - cdr de editoras como a Ástato, os Soopa, Kixshake e Noé Mutante , e livros de editoras independentes como a Chili Com Carne, ou as Edições Mortas, entre outros best-sellers do underground como as Cartas de Amor de Salazar a Marilyn Monroe. Com vários lançamentos de fanzines nesse espaço, a renovação constante das obras de arte em exposição, e dos títulos postos para venda, a feira tornou-se um fenómeno de popularidade que muito fez para chamar a atenção sobre um tipo de arte e espírito de “faça você mesmo”, muito presente no trabalho dos artistas da nova geração no Porto.
Entre Janeiro e Maio de 2006 A Mula esteve a funcionar todas as quintas, sextas e sábados à noite, proporcionando um contacto directo entre os artistas, faneditores, e o público, num ambiente descontraído e saudável. A partir de Maio tornou-se uma feira itinerante, percorrendo vários pontos do país. No fundo, A Mula acabou por ser um projecto colaborativo que reúne variadíssimos interesses de acção: não é apenas uma banca onde se vende publicações “home-made”, mas antes um projecto que de cada vez que se apresenta surpreende pela sua força iconográfica. Uma linha eléctrica que percorrer todos os pormenores que formalmente a contextualizam: os murais, as exposições colectivas, as conferências e os workshops.
A pedido de várias famílias, A Mula pretende deslocar-se aos Açores por ocasião deste evento. Juntando esforços de outras editoras independentes dedicadas à Banda Desenhada e Ilustração, tais como a Imprensa Canalha, ChiliComCarne, a Opuntia Books, entre outros, propõe uma série de mostras e actividades em torno destas áreas, percorrendo as 9 ilhas com: exposição colectiva de originais de BD, ilustração; banca itinerante de fanzines e outras edições independentes, pintura mural colectiva; conferência sobre BD portuguesa contemporânea, fanzines, e a cena Artística Independente em Portugal; workshops de banda desenhada e fanzines para todas as idades.

Sexy Sundays


Em Fevereiro de 2006, Daniel Eira (ex-Crossbones) juntou André Graça (ex-Crossbones), Ivo Salgado(ex-SickSoulS, Coiratos Violentos) e Nuno Lucas (ex-Newtone, ex-Sir Giant) para formar a banda Sexy Sundays.
Na zona da linha de Cascais começaram a ensaiar e a surgir as primeiras musicas com forte influencia Reggae, Ska e tambem entre o rock e blues, sempre com objectivo de criar uma simbiose entre o prazer pessoal de tocar com o de animar as pessoas que as ouvem.
Em Maio de 2006, Sexy SundayS estreia-se ao vivo no Lotus Bar em Cascais. Em Julho a banda começou a gravar a demo "Soulful" de cinco músicas nos Estudios C.r.v.a. em alvalade. Nesse mesmo verão, os concertos comecaram a ter uma regularidade de 2 vezes por semana.
Em 2007 a banda mantem a regularidade de concertos e com a parceria da promotora "IN ZION" organiza uma mini tour "Sundays are Sexy tour", a banda participou no Rasta Fest Beja, Festival Musa Carcavelos ao lado dos Israel Vibration (Jamaica) e Skaparapid (Espanha), Surf Summer Party e no 10º aniversário Xuxa Jurassica com NOFX (USA), The Loved Ones (USA) e TAT (UK).

Saber mais sobre a banda

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Pedro Chagas Freitas


Pedro Chagas Freitas tem 28 anos. Como jornalista já trabalhou com as publicações A Bola, DN Jovem e Inside. Também trabalha em publicidade como freelancer, com trabalhos de criação de slogans, textos para sites, assinaturas de marca, criação conceptual, etc.
Escreve guiões para cinema e Banda Desenhada, com destaque para a curta-metragem "O Telefone Perdido".
É autor de obras biográficas e de carácter genérico (no Grupo IMpala e no Grupo MEDIApromo). É consultor criativo de empresas e particulares, revisor linguístico e editor textual (para empresas e particulares.
Venceu os Prémios literários Bolsa Jovens Criadores 2006 e Paul Harris 2000. É autor de crónicas humoristicas (na publicação Rede 2020 e no site "Empreender") e de ficção (no jornal "Notícias de Guimarães").
Criou um jogo de reflexão, na linha do Sudoku: Angellus MINDchallenge.

Escrever uma ilha

Cada lugar é fonte de recordações, de sensações. E é, também, fonte de criações. É isso mesmo que se pretende com esta actividade, que se dirige a todos aqueles que escrevam (e que gostem de escrever): desencadear sensações, recordações. E criar arte.
Para isso, visitar-se-ão diversos locais de cada ilha. Lá, estimular-se-á a criatividade escrita. Partindo de dois conceitos, irá sendo composta, aos poucos, uma sinfonia escrita. A sinfonia que escreverá, em suma, a própria ilha em cada uma das suas localizações. Em cada uma das suas especificidades dentro de cada um dos participantes.
No final, estará construída uma obra. E ficará perfeitamente límpido que cada local é, mais do que aquilo que realmente é, aquilo que cada um nele encontra.
Um projecto de Pedro Chagas Freitas.

Ver biografia de Pedro Chagas Freitas

Sofia Saldanha


Sofia Saldanha nasceu em Braga a 20 de Fevereiro de 1975. Foi Assessora da Direcção de Programas da Rádio Universitária do Minho, entre 1992 e 2001 e entre 2005 e 2006, altura em que desempenhou funções de realização, sonoplastia, locução e actividades jornalísticas de apoio a programas radiofónicos.
Formadora nas areas Expressão Dramática, Dinâmica de Grupos e Gestão de Tempo e Stress. Frequenta o último ano da Licenciatura em Sociologia da Universidade do Minho. Fez o Curso de Iniciação às Técnicas Teatrais do Teatro Universitário do Minho (1995) É membro do Sindicato de Poesia, e participou em inúmeros recitais desde 1998. Trabalhou também como operadora de som, e foi responsável da banda sonora de vários espectáculos. Realiza regularmente a locução de documentários. Faz parte do colectivo Sonopoesia.

Paulo Sousa


Nasceu a 30 de Junho de 1977, em Braga. Trabalha desde 2001 na Rádio Universitária do Minho onde exerce funções que vão desde a sonoplastia, realização, animação, publicidade até ao jornalismo. É DJ desde 1995 e autor do programa de rádio “janela amarela”, entre outros. Frequentou o curso de Física e Química – ramo ensino, e actualmente encontra-se inscrito no 2º ano da Licenciatura de Comunicação Social na Universidade do Minho. É um apaixonado pela Música, pela Sonoplastia, pelo Cinema e pelas ferramentas Web 2.0. Faz parte do colectivo Sonopoesia.

Sonopoesia


Vitorino Nemésio, figura de proa da cultura açoriana e portuguesa, é o epicentro do nosso trabalho.
Actualmente, com a prevalência da imagem movimento, a sonoplastia aparece como um componente acessório nas representações artísticas. E a sonoplastia é um complemento, mas é um complemento do próprio som. A palavra dita é sempre uma frase musical e a imaginação que acompanha a palavra dita é infinita. A proposta que apresentamos consiste em construir universos sonoros a partir das palavras, e também da voz, de Vitorino Nemésio, num total de nove peças. Partindo de textos poéticos, ou não, viajamos à volta deles, revivemos um tempo em que as novelas radiofónicas e os livros habitavam as casas das pessoas. A instalação sonora apresenta-se numa sala vazia, com apenas uma aparelhagem que reproduz continuamente as nove peças. O som pode também ser ouvido em headphones, criando, desta forma uma percepção mais autêntica.
Este trabalho complementar-se-ia com sua a transmissão através das rádios locais dos Açores, deixando fluir no éter as palavras duma das vozes maiores da cultura açoriana.
Sonopoesia é um projecto de Sofia Saldanha e Paulo Sousa.

Mais informações em sonopoesia.blogspot.com

Ver biografias de Paulo Sousa e Sofia Saldanha

Rui Lage


Rui Lage nasceu na cidade do Porto em 1975. É portuense por convicção e transmontano por vocação. Autor de livros de poesia, teatro, ensaio e literatura infantil, tradutor de poesia e prosa inglesa, francesa e espanhola. É membro da direcção da Fundação Eugénio de Andrade desde 2001. Fundou e dirigiu, entre 1998 e 2004, a revista de literatura, música e artes visuais Águas-Furtadas, editada pelo Núcleo de Jornalismo Académico do Porto. Foi Chefe de Redacção do Jornal Universitário do Porto em 2001, órgão no seio do qual desempenhou outros cargos directivos. Escreve crítica literária para as revistas Cadernos de Serrúbia, Apeadeiro e Terceira Margem e tem colaborado em jornais portugueses tais como o “Jornal de Notícias”, o “Diário de Notícias” ou o “Jornal de Letras, Artes & Ideias”. Organizou e moderou inúmeros debates sobre literatura e sobre temas ligados à cultura e à sociedade em geral. Tem tido a seu cargo, quer na Fundação Eugénio de Andrade quer noutros locais, a apresentação de obras – ou da Obra – de uma série de escritores: Eugénio de Andrade, Fernando Pinto do Amaral, Fernando Guimarães, A. M. Pires Cabral., Eduarda Chiote, etc. Organizou e/ou participou em diversos recitais de poesia. Participou, enquanto convidado, em vários programas de rádio e televisão. Tem diversos artigos e trabalhos académicos publicados e apresentou comunicações a diversos congressos, em Portugal e no estrangeiro. Encontra-se a trabalhar na sua tese de doutoramento em Literaturas Românicas, Adeus Campos Felizes: A Elegia na Poesia Portuguesa do Século XX, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde se licenciou em Estudos Portugueses e Ingleses e se pós-graduou em Literatura Portuguesa e Brasileira.

Manuel Jorge Marmelo

Nasceu no Porto em 1971, onde reside. Jornalista desde 1989, recebeu em 1994 o prémio de jornalismo da Lufthansa e em 1996 a menção honrosa dos Prémios Gazeta de Jornalismo do Clube de Jornalismo/ Press Club.
Estreou-se nas letras em 1996 com o livro “O homem que julgou morrer de amor/O casal virtual” (novela e teatro).
Desde então escreveu os livros: Portugués, guapo y matador (1997, romance), Nome de tango (1998, romance), As mulheres deviam vir com livro de instruções (1999, romance), O amor é para os parvos (2000, romance), Palácio de cristal, jardim-paraíso (2000, álbum), Sertão dourado (2001, romance), Paixões & embirrações (2002, crónicas), Oito cidades e uma carta de amor (2003, contos e fotos), A menina gigante (2003, infantil), Os fantasmas de Pessoa (2004, romance), O Silêncio de um homem só (2004, contos; Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco) e Os Olhos do homem que chorava no rio (com Ana Paula Tavares, 2005).
Tem participado em várias publicações e antologias, entre as quais se destacam: “Porto.Ficção” (edição Asa), “Putas – Antologia do Novo Conto Português e Brasileiro” (edição Quasi), “Porto, Fragment de Vie” (da editora francesa L’Escampette), “Doze Contos com Livros Dentro” (edição Campo das Letras), “Suplemento Literário de Minas Gerais” e “Bestiário” (ambos do Brasil), “Magazine Artes” e “Imagem Passa Palavra” (edição Cooperativa Gesto). Escreveu ainda os textos dos livros “Vitória: Verso e Reverso” (edição Afrontamento) e “Mário Marques, Para Além do Instante” (edição do Centro Português de Fotografia).
É jornalista do Público.

Saber mais sobre o autor

José Maria Vieira Mendes


José Maria Vieira Mendes nasceu em 1976. Escreve e traduz para teatro.
Escreveu Dois Homens, Morrer, Crime e Castigo, Lá Ao Fundo o Rio e Chão. Traduziu À Espera de Godot de Samuel Beckett, três peças curtas de Duncan McLean (com Clara Riso), Vai Vir Alguém de Jon Fosse (com Solveig Nordlund), Comemoração de Harold Pinter e Filoctetes de Heiner Müller. É um dos responsáveis pela Revista Artistas Unidos e pela edição do Teatro de Bertolt Brecht na Cotovia.
Frequentou, em 2000, a International Residency do Royal Court Theatre de Londres.
A sua peça T1 encontra-se traduzida em castelhano, francês, italiano, polaco, alemão e inglês. Foi alvo de leituras encenadas em Festivais internacionais (Finlândia, Inglaterra e Itália), e teve estreia internacional a 17 de Janeiro de 2007 no teatro Maxim Gorki Studio em Berlim (com apoio do Instituto Camões).
Em 2000, recebeu o Prémio Madalena Perdigão/Acarte da Fundação Calouste Gulbenkian e o prémio Revelação José Ribeiro da Fonte do IPAE (actual Instituto das Artes). Em 2005, ganhou o Prémio Casa da Imprensa para a área do teatro. A peça A Minha Mulher venceu a 1ª edição do Prémio Luso-Brasileiro de Dramturgia António José da Silva, instituído pelo Instituto Camões e pela Funarte.

Valter Hugo Mãe


Valter Hugo Mãe é poeta e editor. Nasceu em 1971 na cidade angolana Henrique de Carvalho. Vive em Vila do Conde. Publicou nove livros de poesia, entre os quais: egon schielle auto-retrato de dupla encarnação (Prémio de Poesia Almeida Garrett); três minutos antes de a maré encher; a cobrição das filhas; útero e o resto da minha alegria. É autor das seguintes antologias: O encantador de palavras, poesia de Manoel de Barros; Série poeta, Homenagem a Julio-Saúl Dias; Quem quer casar com a poetisa, poesia de Adília Lopes; O futuro em anos-luz, 100 anos, 100 poetas, 100 poemas, para o Porto 2001, e Desfocados pelo vento, A poesia dos anos 80, Agora. Poemas seus estão traduzidos e editados em espanhol, francês, inglês, checo e árabe.
Venceu em Outubro deste ano o Prémio Literário José Saramago com a obra “O Remorso de Baltazar Serapião”.

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Jorge Reis-Sá


Jorge Reis-Sá nasceu em 1977 em Vila Nova de Famalicão. Frequentou os cursos de Astronomia e Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e estagiou no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto onde estudou genética populacional, interrompendo a formação académica para se dedicar à literatura enquanto editor e escritor. É responsável pela editora Quasi Edições e pela empresa Do Impensável – Projecto de Atitudes Culturais. Editou até ao momento quatro livros de poemas, À Memória das Pulgas da Areia [Quasi Edições, 1999], Quase e outros poemas De Querença, com pinturas de Luís Noronha da Costa [Quasi Edições, 2000], A Palavra no Cimo das Águas [Campo das Letras, 2000] e Biologia do Homem [Quasi Edições, 2004; edição brasileira: Escrituras, São Paulo, 2005], dois livros de narrativas, Por Ser Preciso [Cosmorama, 2004], vencedor do Prémio Manuel Maria Barbosa du Bocage desse mesmo ano e Equilíbrios Pontuados [Edição do Autor, 2004], um conto para crianças, Tomé e o Poema [ilustrações de Joana Quental, Quasi Edições, 2005] e um romance, Todos os Dias [Publicações Dom Quixote, 2006]. É colaborador permanente das revistas LER e Magazine/Artes onde assina as crónicas A Biologia dos Livros e Simbioses & Comensalismos, respectivamente. Organizou diversas antologias, entre as quais Anos 90 e Agora – Uma Antologia da Nova Poesia Portuguesa.

Saber mais sobre o autor

João Pereira Coutinho


João Pereira Coutinho nasceu no Porto, em 1976. Formado em História, na variante de História da Arte. É pós-graduado em Ciência Política e Relações Internacionais, que também ensina. Foi colunista do semanário O Independente e os textos desse período estão reunidos no livro de crónicas Vida Independente: 1998-2003 (O Independente, 2004). Actualmente, escreve no Expresso, na revista Atlântico e no diário brasileiro Folha de S. Paulo.

Luísa Fortes da Cunha


Nasceu em 1961, em Vila Franca e passou a sua juventude na Figueira da Foz. O seu sonho era ser médica mas as médias altas do curso de Medicina empurraram-na noutra direcção. Licenciada em Educação Física pelo Instituto Superior de Educação Física de Lisboa (1987), recebeu bolsa de estudo do Conselho da Europa – Divisão de Educação, Cultura e Desporto, em 1990, com estágio em Estrasburgo. Concluiu o Mestrado em Gestão da Formação Desportiva em 1998, pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa e Pós-Graduação em Educação Especial pela Universidade Lusófona. Autora de inúmeras publicações científicas e artigos sobre segurança desportiva infantil, Luísa Fortes da Cunha estreou-se na literatura infanto-juvenil com Teodora e o Segredo da Esfinge, livro que atingiu um sucesso de popularidade entre os jovens e que em apenas 3 meses após a sua publicação, entrou em 2ª edição.
Depois da primeira aventura de Teodora - que alguns apelidam de Harry Potter à portuguesa - seguiram-se outros títulos: Teodora e a Poção secreta, Teodora e os Três Potes Mágicos, Teodora e o Livro dos Feitiços, Teodora e o Caldeirão Sagrado, Teodora e as Estaturas Misteriosas, Teodora e a Ilha Invisível, Teodora e o Relógio Mágico, Teodora e os Anéis Lendários e, o recentemente editado, Teodora e o Mistério do Vulcão.
Esta última aventura passa-se no Vulcão dos Capelinhos, no Faial, que este ano comemorou 50 anos.

Saber mais sobre a autora e a série Teodora

Jacinto Lucas Pires


Jacinto Lucas Pires nasceu no Porto, a 14 de Julho de 1974; vive em Lisboa. Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica. Publicou vários livros pela editora Cotovia, entre os quais “Azul-turquesa” (ficção, 1998), “Abre para cá” (contos, 2000), “Livro usado” (viagem ao Japão, 2001), “Escrever, falar” (teatro, 2002), “Do sol” (romance, 2004), “Figurantes” (teatro, 2005).
Escreveu e realizou as curtas-metragens “Cinemaamor” (1999) e “B.D.” (2004).
Escreveu várias peças de teatro, entre as quais “Universos e frigoríficos” (1998, CCB/A.P.A., enc. Manuel Wiborg), “Arranha-céus” (1999, TNSJ/Teatro Bruto, enc. Ricardo Pais), “Escrever, falar” (2001, Maus Hábitos/.lilástico, enc. Marcos Barbosa), “Coimbra b” (2003, Coimbra Capital da Cultura/.lilástico, enc. Marcos Barbosa). “Figurantes”, (2004, Teatro Nacional São João, enc. Ricardo Pais).
Escreve regularmente em jornais e revistas. “Os vivos”, a peça que escreveu para o Bando, estrearou dia 20 de Julho no festival Citemor, em Montemor-o-Velho, com encenação de João Brites. “Perfeitos milagres” é o novo romance de Jacinto Lucas Pires.

Gonçalo M. Tavares


Gonçalo M. Tavares nasceu em 1970. Em Dezembro de 2001 publicou a sua primeira obra. Em cinco anos publicou romances, poesia, teatro e pequenas ficções. Recebeu o Prémio José Saramago 2005 e ainda o mais importante prémio para originais em língua portuguesa — Prémio LER/Millennium BCP — com o romance Jerusalém (Caminho); o Prémio Branquinho da Fonseca da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso, com o livro O Senhor Valéry (Caminho); o Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com Investigações.Novalis (Difel) e o Grande Prémio de Conto da Associação Portuguesa de Escritores “Camilo Castelo Branco” com água, cão, cavalo, cabeça (Caminho). Foi finalista do Prémio Letterario Giuseppe Acerbi e do Prémio Mondelo, Itália, com o romance “Jerusalém”.
Vários dos seus livros deram origem a obras de artistas plásticos, peças de teatro, etc. As suas obras estão a ser objecto de teses de mestrado e doutoramento. A sua obra literária faz parte do programa de cadeiras de Pós-Graduação e Mestrado da Faculdade de Letras do Porto.
Estão em curso edições e traduções de quinze dos seus livros em onze países. Publicou livros com peças e textos teóricos sobre teatro.

Ana Bela Correia


Ana Bela Correia nasceu em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel nos Açores, em 1957. Concluiu o curso do antigo Magistério Primário em Ponta Delgada, em 1979. Fez a Profissionalização em Exercício na Universidade dos Açores, tendo-lhe sido conferida a habilitação própria para leccionar o 2.º Ciclo do Ensino Básico. Em 2002 concluiu a licenciatura em Educação Visual e Tecnológica pela Escola Superior de Educação de Lisboa. É professora de Educação Visual e Tecnológica na Escola Básica 2,3 Padre João José do Amaral, em Lagoa, ilha de São Miguel, Açores.

Isabel Monteiro


Isabel Monteiro nasceu em 1065, em Estarreja. Vive actualmente no Porto. Concluiu o Curso de Design de Moda, em 1989, no Citex - Centro de Formação Profissional da Indústria Textil, no Porto. Em 2006, concluiu a licenciatura em Artes Plásticas - Pintura, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde está a actualmente a realizar um Mestrado em Pintura na mesma área. A primeira parte da sua vida profissional foi essencialmente ligada ao mundo da Moda. Só mais recentemente se dedicou à Pintura.
No inicio da sua carreira, colaborou como freelancer na área da decoração de cerâmica para a firma SECAM (1990-92). Desde essa altura, e até 2003, trabalhou para várias firmas, como freelancer, nas áreas do Design de Moda, Design Gráfico e Ilustração. Entre 1990 e 1996, Isabel foi Designer de Moda e Ilustradora na firma "Olga Rêgo". Entre 1996 e 2003, foi sócia gerente da firma "Buchinho & Monteiro Lda", responsável pela gestão comercial, de imagem e produção da marca de roupa "Luís Buchinho".
A sua primeira exposição individual de Pintura foi em 2000: New Project, na Galeria Trindade, no Porto. Desde então expôs na Invicta, mas também em Lisboa. A sua mostra mais recente, Psico Pata Portuguesa, esteve na Galeria Servartes, em 2007, no Porto.
Entre as primeiras exposições colectivas, em que se estreou também em 2000, destaque para a Arte Lisboa, pela Galeria da Trindade. Em 2007, tem obras na colectiva Mestrado de Pintura, na Galeria Servartes, no Porto, e uma obra seleccionada para a Bienal de Aveiro.

Hugo Caroça


Nasceu em 1976 em Lisboa. Tem o curso do Centro Cultural de Évora (Cendrev, 98/01), Frequentou a Licenciatura em Estudos Teatrais da Universidade de Évora (97/03). Fez estágios e workshops com Ferrucio Soleri, Meg Stuart, Josef Nadj, Iwan Brioc. Estreou-se como actor em 1997 em POPULUS ABSCONSUS de Claude Crespin (Cirque du Soleil), em 1998 é o protagonista de OCEANOS E UTOPIAS de Phillipe Genty, no Pavilhão Multiusos da Expo´98. 2000 - trabalha como actor no teatro Garcia de Resende em; NA VOLTA DO MAR encenação de Gil Nave; A VENDA DO PÃO de Berthold Brecht, encenação de Pierre Etyenne Heymann; AS ARTIMANHAS DE SCAPIN de Moliére, encenação de Mário Barradas. 2001 - integra o elenco fixo do Teatro das Beiras onde entra em; O BARRETE DE GUIZOS de Pirandello, encenação Gil Nave; OS VIZINHOS de Michel Vinaver, encenação de Luís Varela. 2003 - é convidado para integrar o elenco do Teatro do Mar onde participa em; DOM QUIXOTE E SANCHO PANÇA de António José da Silva “O Judeu”, encenação de Carlos Curto, FRIOLEIRA a partir de Os Cornos de Dom Frioleira de Ramon de Vale Ínclan, encenação de Andreas Poppe. Em 2006 de volta a Lisboa entra em UMA LARANJA MECÂNICA de Anthony Burgess, encenação de Manuel Wiborg; 1755 – O GRANDE TERRAMOTO de Miguel Real e Filomena Oliveira, encenação de Jorge Fraga, SALÃO DE BAILE S.A.R.L., encenação de Hugo Sovelas. 2007 - RICARDO II de Shakespeare, encenação Nuno Cardoso. Em cinema participou no filme DAQUI PARA A FRENTE de Catarina Ruivo, e na longa metragem MARGINAIS, realização Hugo Diogo, Costa do Castelo produção. Na televisão participa na novela JURA. Dirigiu projectos de teatro como, OS TRÊS IRMÃOS (Soc. Guilherme Cossoul), VINTECINCO (Capela da Misericórdia, Sines), STORMY WEATHER (Teatro Helena Sá Costa,Porto) e co-dirigiu o espectáculo PASSAGEIRO com Afonso Malta.

João Saboga

Começou por trabalhar em teatro com António Durães na Figueira da Foz. Tem trabalhado frequentemente na Escola da Noite em espectáculos dirigidos por António Augusto Barros, Avelino Neto e Pierre Voltz. Participou, também, nas encenações colectivas de textos de Raymond Carver, Sam Shepard e Charles Bukowski. Em 2000 integrou o elenco dos Artistas Unidos - 2000 – O NAVIO DOS NEGROS de Jorge Silva Melo, encenação de Jorge Silva Melo (Culturgest); RUÍNAS de Sarah Kane, encenação de Jorge Silva Melo e Paulo Claro (A Capital Teatro Paulo Claro).Em 2001 trabalhou em LONGE de Rui Guilherme Lopes, encenação de Pedro Carraca (A Capital Teatro Paulo Claro); OS IRMÃOS GEBOERS de Arne Sierens, encenação de Jorge Silva Melo (A Capital Teatro Paulo Claro); O SERVIÇO de Harold Pinter, um trabalho de Vítor Correia e João Saboga (Festival de Portalegre). Em 2002 fez parte do elenco de RUG COMES TO SHUV de Duncan McLean um trabalho de Vítor Correia e João Saboga (A Capital Teatro Paulo Claro). Em 2003 participou em BAAL de Bertolt Brecht, encenação de Jorge Silva Melo. 2004 – MADE IN CHINA de Mark O´Rowe, encenação de António Simão (Teatro Taborda). Em 2006 entrou em César, a partir de A Tragédia de Júlio César, de Shakespeare, encenação colectiva (Teatro da Cornucópia).
Em Cinema, entrou em O Mistério da Estrada de Sintra, longa-metragem de Jorge Paixão da Costa; Ordo, longa-metragem de Laurence Barbosa; Rádio Relâmpago, longa-metragem de José Nascimento: A Falha, longa-metragem de João Mário Grilo; Em Obsessão, longa-metragem de Rui Goulart; Abstracto, longa-metragem de Rui Goulart; Fábula em Veneza, longa-metragem de Rui Goulart. Em televisão entrou em; Os Serranos; Bocage; Mundo Meu; Até Amanhã Camaradas; Só Gosto de ti; Inspector Max.
Trabalhou na tradução da peça The Dumb Waiter, de Harold Pinter, em 2001, para os Artistas Unidos e da peça Stitching, de Antony Nielsen, em 2003, para a mesma companhia, com o apoio do Scottish Arts Council. Em 2005, traduziu a peça Alice in Bed, de Susan Sontag, com encenação de Rafaela Santos, para a JumpCut.

Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers


Os Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers são uma banda originária da Ericeira (vila perto de Sintra,famosa pelas suas belissimas praias). Inicialmente com 4 membros e posteriormente Power Trio, assim ficou.
A formação foi criada em 2004 por Bruno Silva e Pedro Queijo, que tinham em mente conseguir uma banda onde conseguissem um som baseado nas nossas maiores influências (Grunge, Stoner_Southern California e Punk), em bandas como Nirvana, Fu Manchu, Kyuss, NOFX, Suicidal Tendencies, Sonic Youth.
De 2004 aos dias de hoje,a banda já tocou do Porto ao Algarve e partilhou o palco com bandas como For the Glory, Men Eater, Omited GR, Three and a Quarter, Jah Vai, New World Jamaica, Emilbus, Decreto 77, Piss, Taurina, Fitacola, An extazy, etc. Foram banda de suporte para ERANTZUN (Espanha) na tour ibérica desta formação, IMMODIUM (Itália) e One Fine Cast (Bélgica). Têm também agendada uma tour ibérica em Janeiro de 2008 com os brasileiros DECORE.
Em 2006 gravaram o seu primeiro registo de originais pela Infected Records, um EP com quatro temas: Soundtrack of a Mindbreak, Ignorance is Contagious, Machine Rule e I am an idiot.

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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Jet Monkeys - Macacos em Trânsito

Macacos em trânsito - JET Monkeys é um projecto iniciado no teor da prática de atelier, durante o primeiro ano do Mestrado em Pintura que Isabel Monteiro está a concluir. É um projecto que continua em construção e cujas cinco primeiras obras serão apresentadas no âmbito do Festival Festa Redonda.
Macacos em trânsito apropria-se das imagens de instrução de segurança aérea relacionando-se com esse "modelo icónico", quer em termos formais quer semânticos, a partir de uma perspectiva irónica e crítica, tendo como objecto "pôr" em crise essa tipologia de imagens, ao nível da sua funcionalidade, eficácia e objectivos. Numa série de trabalhos a óleo s/ tela, revisita-se de forma subversiva o esquema formal, mais ou menos tipificado, usualmente associado aos panfletos de instrução. Este esquema caracteriza-se por um tipo de sintaxe sequencial de imagens de carácter descritivo e naturalista, que convivem com signos altamente convencionais, quer linguísticos-palavras, quer icónicos- pictogramas, construindo a partir da articulação destes três níveis de código um sintagma visual aparentemente transparente e objectivo. No projecto, recria-se na tela uma estrutura formal, que se aproxima ao modelo descrito, contemplando uma tipologia de códigos similar. No entanto, os elementos articulam-se segundo uma "ordem" altamente desviada e desconstructora relativamente ao da sua matriz. Da mesma forma, os signos utilizados no discurso pictórico tanto mimetizam como distorcem totalmente os da sua matriz, integrando-se ainda signos completamente descontextualizados e impertinentes.
Tal como a grande maioria da produção contemporânea, este projecto vive de desvios retóricos, pondo em crise discursos que tomam como "paradigmas" usurpados geralmente de contextos já reconhecidos e aceites colectivamente. Sendo a pintura actualmente encarada em primeiro plano como instrumento epistemológico e de crítica, a ambiguidade infere à narrativa um potencial de comunicação muito mais rico e extenso.

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Lucas Almeida


Nasci a 1 de Outubro de 1981, em Lisboa. Até aos 12 anos vivi em Algés na Rua Alegre, depois mudei-me para a Parede onde acabei o 12º ano na opção de Artes. Entrei na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha no ano 2000, devido a uma disciplina, Banda Desenhada, que é uma das minhas maiores influências juntamente com os filmes de animação. Completei a licenciatura em 2005, tendo passado por várias experiências ao nível do desenho, pintura, escultura, gravura, animação e culinária. Neste campo da culinária, desenvolvi bastante aptidão tendo mesmo pensado desistir das artes plásticas e dedicar-me a esta arte efémera. Mas faltava pouco para acabar o curso e nunca fui pessoa para desistir a meio. Em nada. Quando estava prestes acabar o curso, tive um acidente de bicicleta em que fracturei o pulso da mão direita. Fiquei com gesso desde a ponta dos dedos até ao início do cotovelo. Aceitara um trabalho de pintar a entrada do Museu de Paredes de Coura, juntamente com um amigo meu. O nosso projecto tinha sido aceite e, como não podia desistir, pintei quinze metros de vidro com a mão esquerda e um pincel. Mas o melhor foi a indemnização que recebi por causa do acidente. Fui falar com a companhia de seguros do homem que abriu a porta do carro na altura errada e expliquei que a minha mão direita é a minha profissão. Passado dois meses quando tirei o gesso e já com o curso acabado, recebo o dinheiro dos seguros e aproveito para passar o resto desse ano a viajar. Quando, de volta, assentei, encontro um pessoa no café que tem umas máquinas de serigrafia para vender e surgiu uma oportunidade de trabalhar numa técnica que não tinha chegado a experimentar. É o que de momento ando a fazer.

Lucas Almeida