O sol rasgou pela nuvens e a luz está doirada no mar visto da minha janela quando acordo. Poucas pessoas na rua. Desta vez moro perto da Igreja e quando lá chego vejo pastores e profetas, reis e rainhas, quase todos os miúdos da vila, a serem vestidos para o presépio vivo da missa de Natal. Não me parece que haja decréscimo da população no Corvo, muita gente a casar-se, muitos filhos a nascerem. Atrás da Igreja fica o Salão dos Bombeiros, lá prepara-se o Baile de Natal, para onde o Michael, mais uma vez, levou o seu material de som. Já vínhamos preparados para que isto pudesse acontecer e portanto trouxemos o Mestre teclado Acácio connosco. “Já têm algum conjunto para animar o baile?” Sendo assim eu e o Dídio mudamos para TOCHAPESTANA, o maravilhoso baile popular pela primeira vez no Corvo com dois convidados da terra, o Michael nas teclas e a Andreia na voz. É um risco previsto, assumido, e potencialmente catastrófico: cantar música pimba futurista quando se está a fazer um filme.
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