Integrada na programação do Festival Festa Redonda a exibição do Balaou no Corvo já estava planeada. Com a nossa presença aqui torna-se essencial para que possam saber um pouco do que fizéramos antes. Do dia 19 passa-se para o dia 20 Dezembro, o Michael (quem fornecia o material de som) lembrou-se que afinal nesse dia havia um ensaio do coro da missa de Natal. Contingências maravilhosas e facilidades de programação, altera-se de repente a data e toda a gente fica a saber. O passa a palavra funciona aqui melhor do que em qualquer lado. Ao salão dos bombeiros chegam 30 a 40 pessoas, 10% da população. A meio do filme veio ter comigo um homem das Flores, antigo baleeiro, pai do Amândio que vive no Corvo, e diz-me que conheceu o homem do barco-ovo de quem fala o Beru no filme. Isto passou-se há cerca de 40 anos atrás e jura-me que até tem fotografias dele. “Um homem enorme que chegou todo dobrado. Não conseguia andar depois de uma viagem de semanas dentro de um barco à vela minúsculo.” Coincidência ou acaso deste homem ter vindo ter comigo, é verdade que nesta projecção os dois filmes se fundem. De um passo para o outro. Milagre ou banalidade o Beru e a Florence há dois anos e meio, vindo das Flores, encontraram-me e mudaram-me o destino. Da Vila do Corvo só se vê as Ilha das Flores e das Flores a melhor vista que se tem é o Corvo…
Gonçalo Tocha
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