DESTAQUE: Junta de Freguesia de Ribeira Chã adquire obras do Festa Redonda para nova sede. Ver Iniciativas
Aceitamos propostas de projectos na área da Escultura e Cinema.

O Festival Festa Redonda, que decorrerá nas nove ilhas dos Açores, arrancou no dia 25 de Outubro de 2007 e irá prolongar-se durante dezoito meses até Abril de 2009.

O evento, cujo nome presta homenagem ao escritor açoriano Vitorino Nemésio que escreveu “Festa Redonda, Décimas e Cantigas de Terreiro Oferecidas ao Povo da Ilha Terceira” (1950), pretende facilitar o acesso de algumas franjas da população açoriana mais votadas ao isolamento a várias formas de cultura, contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico das ilhas do arquipélago e divulgar jovens valores em nove áreas de criação artística distintas.

As mostras de Arquitectura/Design, Cinema, Dança, Escultura, Fotografia, Literatura, Música, Pintura e Teatro vão correr os Açores durante ano e meio, numa lógica de festival itinerante. Cada Arte estará em cada ilha por um período máximo de dois meses.

Esta é uma iniciativa da Associação Cultural Festa Redonda, criada com um objectivo que ultrapassa a realização deste evento único: ajudar a desenvolver regiões e comunidades, através da Arte e da Cultura, levando a locais isolados artistas, programadores, agentes culturais e realizações culturais que, de outra forma, não seriam aí acessíveis.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Jet Monkeys - Macacos em Trânsito

Macacos em trânsito - JET Monkeys é um projecto iniciado no teor da prática de atelier, durante o primeiro ano do Mestrado em Pintura que Isabel Monteiro está a concluir. É um projecto que continua em construção e cujas cinco primeiras obras serão apresentadas no âmbito do Festival Festa Redonda.
Macacos em trânsito apropria-se das imagens de instrução de segurança aérea relacionando-se com esse "modelo icónico", quer em termos formais quer semânticos, a partir de uma perspectiva irónica e crítica, tendo como objecto "pôr" em crise essa tipologia de imagens, ao nível da sua funcionalidade, eficácia e objectivos. Numa série de trabalhos a óleo s/ tela, revisita-se de forma subversiva o esquema formal, mais ou menos tipificado, usualmente associado aos panfletos de instrução. Este esquema caracteriza-se por um tipo de sintaxe sequencial de imagens de carácter descritivo e naturalista, que convivem com signos altamente convencionais, quer linguísticos-palavras, quer icónicos- pictogramas, construindo a partir da articulação destes três níveis de código um sintagma visual aparentemente transparente e objectivo. No projecto, recria-se na tela uma estrutura formal, que se aproxima ao modelo descrito, contemplando uma tipologia de códigos similar. No entanto, os elementos articulam-se segundo uma "ordem" altamente desviada e desconstructora relativamente ao da sua matriz. Da mesma forma, os signos utilizados no discurso pictórico tanto mimetizam como distorcem totalmente os da sua matriz, integrando-se ainda signos completamente descontextualizados e impertinentes.
Tal como a grande maioria da produção contemporânea, este projecto vive de desvios retóricos, pondo em crise discursos que tomam como "paradigmas" usurpados geralmente de contextos já reconhecidos e aceites colectivamente. Sendo a pintura actualmente encarada em primeiro plano como instrumento epistemológico e de crítica, a ambiguidade infere à narrativa um potencial de comunicação muito mais rico e extenso.

Ver biografia de Isabel Monteiro

Nenhum comentário: