O pai tinha sido animador de um programa da Rádio e isso influenciou os gostos musicais anos mais tarde, em que o filho escutava as emissões que ele continuava a simular na sua sala de estar. Nomes como Bob Dylan, Beatles, Rolling Stones, The Doors, Pink Floyd, Zeca Afonso, José Mário Branco ou Fausto estiveram presentes desde muito cedo no seu quotidiano.
Cedo também começou a revelar gosto pela música quando também ele simulava as suas emissões de rádio. Por volta dos 12 anos aprendeu a tocar guitarra sozinho, fazia as suas gravações num pequeno gravador e deu o primeiro concerto num Festival da Escola que frequentava. Foi aí e a assistir aos concertos de amigos mais velhos que percebeu que aquela era a paixão da sua vida, vindo a ganhar forma na sua banda, Madcab. Mais tarde frequentou aulas de canto com o Professor João Charepe.
Paralelamente continuou a gravar temas sozinho mas que iam ficando na gaveta. Com o tempo, criou uma webzine sobre música (projecto fugaz), há três anos que é animador da Rádio Zero em Lisboa (A Tartaruga Política, O Ballet das Bonecas Russas e o Contrabando, programas musicais de cariz político), foi melhorando as suas actuações com os vários concertos que já deu, participou nos debates sobre as quotas para a música nacional na Assembleia da República, abandonou a Faculdade que frequentava, tirou um curso de Escrita Criativa e escrevia crónicas para a Associação 100 ideias.
Em 2006, começou a viajar mais seriamente, adoptou o nome de família em homenagem ao avô que nunca conheceu, Luís Azevedo Silva jr., começou a contar histórias em Português e a acompanhá-las com a guitarra. Gravou o EP "Clarabóia" que teve boa aceitação, dedicou-se ao seu disco de estreia "Tartaruga" e lançou, com mais dois amigos, a editora independente Lástima.
No âmbito do Festival Festa Redonda, o músico apresenta-se ao vivo acompanhado por Filipe Grácio na guitarra eléctrica.
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