DESTAQUE: Junta de Freguesia de Ribeira Chã adquire obras do Festa Redonda para nova sede. Ver Iniciativas
Aceitamos propostas de projectos na área da Escultura e Cinema.

O Festival Festa Redonda, que decorrerá nas nove ilhas dos Açores, arrancou no dia 25 de Outubro de 2007 e irá prolongar-se durante dezoito meses até Abril de 2009.

O evento, cujo nome presta homenagem ao escritor açoriano Vitorino Nemésio que escreveu “Festa Redonda, Décimas e Cantigas de Terreiro Oferecidas ao Povo da Ilha Terceira” (1950), pretende facilitar o acesso de algumas franjas da população açoriana mais votadas ao isolamento a várias formas de cultura, contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico das ilhas do arquipélago e divulgar jovens valores em nove áreas de criação artística distintas.

As mostras de Arquitectura/Design, Cinema, Dança, Escultura, Fotografia, Literatura, Música, Pintura e Teatro vão correr os Açores durante ano e meio, numa lógica de festival itinerante. Cada Arte estará em cada ilha por um período máximo de dois meses.

Esta é uma iniciativa da Associação Cultural Festa Redonda, criada com um objectivo que ultrapassa a realização deste evento único: ajudar a desenvolver regiões e comunidades, através da Arte e da Cultura, levando a locais isolados artistas, programadores, agentes culturais e realizações culturais que, de outra forma, não seriam aí acessíveis.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Artigo 80º


O voyeurismo…
Um assalto sem roubo.
Uma rapariga tira fotos a desconhecidos numa discoteca com o seu telemóvel.
Vejo um blog.
Leio uma entrevista numa revista de sociedade.
Estou na praia e reparo no par amoroso que está perto de mim por uns instantes.
Uma câmara no elevador.
Raio-x na bagagem do aeroporto.
Eu e o meu vizinho já nos conhecemos pelas varandas das traseiras.
Estou sentada na esplanada a observar o grupo que está na mesa ao lado.
Procuro fotos no Hi5.
Estou “Ausente” no MSN mas controlo os outros.
Câmaras nas ruas de Nova Iorque.

O voyeur…
O voyeur é, tipicamente, um homem que se veste de fato cinza escura, usa gravata azul, óculos de sol de lente preta (para esconder a direcção do seu olhar) e um chapéu como os detectives (para confundir, para que ninguém saiba muito bem a cor e o corte do seu cabelo). O seu disfarce não será discreto, mas o voyeur nem sempre gosta de passar despercebido: todos sabem da sua existência mas apenas alguns o notam.
Quatro mulheres vivem situações onde o voyeurismo é a personagem principal. Vidas comuns integradas num universo que explora a fronteira entre o "privado e o público" e que reflectem a solidão, a ausência e a busca do amor, do prazer, do equilíbrio... ou não.

Criação/Direcção: Nuno Rendeiro
Textos: Fernando Pessoa, Anton Tchekov, Carla Costa Gomes, Margarida Barata, Margarida Bento e Rita Pimentel
Cenografia e Figurinos: João Pinto e Nuno Rendeiro
Desenho de luz: Margarida B. e Nuno Rendeiro
Produção: A VARA – Associação Cultural
Direcção de Produção: Margarida B.
Produção Executiva: Rita P.
Fotografia de Cena: Rafael G. Antunes
Interpretação: Carla Costa Gomes, Margarida Barata, Margarida Bento e Rita Pimentel
Apoios: Tartaruga Transparente – agência de castings e ESTC – Escola Superior de Teatro e Cinema

Ver biografia de Nuno Rendeiro

Um comentário:

renata portas disse...

olá
vi o espectáculo recentemente no porto, no plano B e confesso que duvidei tratar-se de uma produção profissional, desde o tratamento das luzes ,passando pela sonoplastia , figurinos, texto e sobretudo interpretação pareceu-me uma colagem de clichés/pastiche e tiques maneiristas.
não está em causa a ideia, mas sim a forma como ela resulta.
é de notar que esta é uma opinião pessoal.
saudações