Os retratos são acompanhados de lugares transformados por objectos perdidos das suas funções. Um telefone numa árvore, uma árvore num telefone, quem perde a sua função? Um crucifixo numa parede fixando um recado para na saída não esquecer de desligar as luzes. Quem perde a sua função? O crucifixo que se transforma num mandamento económico ou as lâmpadas que ganham o céu como luzes que são para serem cumpridos mandamentos?
Que "vida de doçura esperança nossa" tem uma criança que perde a função da inocência para vestir e carregar o semblante com o peso de culpa e pecado de uma religião adulta?
Este é um projecto para continuar a desenvolver em todas as ilhas dos Açores. A cada nova exposição ou mudança de ilha, pretende-se que o trabalho vá crescendo com a apresentação de novas fotografias feitas nos Açores.”
Nelson D’ Aires
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