Neste trabalho, a imagem é também sonora. Assim, o som que fecha a ambiência da instalação tem um papel fundamental. Nesta obra, são as imagens que escolhem o lugar onde irão ser exibidas. O local deve complementar o sentido estético das mesmas e fazer com que seja possível o "imaginar".
Descoberto o espaço, o autor selecciona um trecho do poema
"A passagem das horas", de Álvaro de Campos, que funciona como o navio que transporta a imaginação e confere dimensão humana à instalação.
Humberto Almendra entende que o valor da obra está no espírito criador, na dimensão humana, na qualidade do espírito. Esta é uma instalação que se irá apoderar do lugar e realizar-se como um todo. O fotógrafo pretende gerar o “não lugar”, criar uma complexa rede de “não sentidos”, confrontar o caos das imagens com a harmonia do lugar.
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