DESTAQUE: Junta de Freguesia de Ribeira Chã adquire obras do Festa Redonda para nova sede. Ver Iniciativas
Aceitamos propostas de projectos na área da Escultura e Cinema.

O Festival Festa Redonda, que decorrerá nas nove ilhas dos Açores, arrancou no dia 25 de Outubro de 2007 e irá prolongar-se durante dezoito meses até Abril de 2009.

O evento, cujo nome presta homenagem ao escritor açoriano Vitorino Nemésio que escreveu “Festa Redonda, Décimas e Cantigas de Terreiro Oferecidas ao Povo da Ilha Terceira” (1950), pretende facilitar o acesso de algumas franjas da população açoriana mais votadas ao isolamento a várias formas de cultura, contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico das ilhas do arquipélago e divulgar jovens valores em nove áreas de criação artística distintas.

As mostras de Arquitectura/Design, Cinema, Dança, Escultura, Fotografia, Literatura, Música, Pintura e Teatro vão correr os Açores durante ano e meio, numa lógica de festival itinerante. Cada Arte estará em cada ilha por um período máximo de dois meses.

Esta é uma iniciativa da Associação Cultural Festa Redonda, criada com um objectivo que ultrapassa a realização deste evento único: ajudar a desenvolver regiões e comunidades, através da Arte e da Cultura, levando a locais isolados artistas, programadores, agentes culturais e realizações culturais que, de outra forma, não seriam aí acessíveis.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Porto Formoso


Um projecto de documentário sobre a ilha de S. Miguel por Amaya Sumpsi

Nota de Intenções

A motivação inicial que deu lugar ao nascimento deste projecto foi a vontade de transmitir, através da linguagem audiovisual, um mundo que considero repleto de vida e expressividade e que, no entanto, apesar de profundamente açoriano, é frequentemente esquecido e abandonado em favor de produtos mais “atractivos”. Quero mostrar o que resta duma forma de vida intrínseca à cultura açoriana e portuguesa, que tem vindo a ser suplantada por uma indústria piscatória despersonalizada e arrasadora.
Proponho este documentário como uma homenagem aos últimos pescadores de “boca aberta”, de forma a contribuir para a preservação desta cultura tradicional: tenciono fazer ouvir a voz dos mestres antes que esta se apague, motivando-os a partilhar a suas perspectivas e experiências de vida, tão diferentes das da nossa geração. Assim, este documentário é também uma aprendizagem através de um processo de partilha que leva a descobrir, a cada instante de convivência com as pessoas desta comunidade, um mundo complexo de relações humanas.
Desta maneira, tenciono aproximar as vivências destes homens e do mundo das pescas ao nosso presente actual, dominado pela tecnologia e o consumismo, e curiosamente alheio ao passado. Considero assim que este projecto reúne todas as condições para não só mostrar o quotidiano desta comunidade de pescadores, como também para contar uma história que prenda o espectador pela sua humanidade. Pretende-se aproximar a comunidade piscatória dos Açores das outras comunidades através da empatia que uma história pessoal e real cria entre o protagonista-espectador.
A mim, como realizadora, cabe-me estruturar os acontecimentos explorando o seu passado, presente e futuro para os transmitir ao espectador. Porém, não quero limitar o meu papel apenas ao de mero observador, como elemento passivo perante a acção. Tenciono intervir mas não influenciar: promover a discussão, questionar o estabelecido por anos de tradições e por convenções sociais, avivar a consciência adormecida motivando o debate. No entanto, não pretendo com esta atitude favorecer uma determinada posição. Não tomo partido, mas encorajo para que se tomem posições, sejam elas quais forem desde que devidamente argumentadas.

Amaya Sumpsi

4 comentários:

José Ángel Serrano disse...

Espero ansiosamente ver en el Festival Porto Formoso.
Es un proyecto en el que Amaya lleva meses trabajando y seguro que va a ser muy emocionante verlo en las Azores

Maria Unceta disse...

Enhorabuena a Amaya Sumsi por este documental. Lo que figura en la sinopsis promete mucho. ¡Qué buena combinación, la agudeza y sensibilidad de Amaya y el estupendo tejido de Açores!

Eu disse...

Vamos lá à tasca de P.F. beber um vinho de cheiro com o Didio e o Cabral...

Iluminada Olivares Berjaga disse...

Me encanta el planteamiento que hace Amaya para su documental.Veo gran coherencia en la exposición y preveo un documental realista, pero con un toque de ternura y sensibilidad, que no dejará a nadie impasible, aunque, como ella dice, "procurando que sea el espectador el que tome partido."... Creo que va a ser un trabajo espléndido que añadir a su ya interesante carrera profesional.
Espero poder disfrutarlo pronto.