"A minha casa é concha. Como os bichos
Segreguei-a de mim com paciência…” (V. Nemésio - a concha)
O tronco apertado, sinónimo das especificidade cultural e limítrofe, é estrangulado pelo nó imponente do aço, que são os condicionalismos do isolamento num mundo normalizado e massificador, e não obstam a esse esforço da vontade e da inteligência para contrariar as condições naturais e participar no esforço do encontro de civilizações e culturas.
As formas naturais são uma das bases do trabalho de Paulo Moura. Surgem do seu imaginário têm sempre uma base naturista, pois a temática escolhida para a maioria das suas criações está associada às suas raízes. As imagens das suas esculturas remetem ao universo telúrico da região onde vive – um tronco, um contorno da videira, as linhas mais ou menos simétricas dos socalcos do Douro, os perfis das montanhas. As suas produções nascem da matéria informe e em seguida são peças fragmentadas, estilizadas, abstractas, ou ainda concisas. São como seres recém-nascidos, puros e singelos.
Dimensão: 1900 x 1800 x 1500 (mm)
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