
Uma metáfora daquilo que muitas vezes se passa, tantas coisas nos prendem com a subtileza de uma armadilha imperceptível. Sempre me chamou a atenção o trabalho dessas incansáveis aranhas que tecem a sua teia uma e outra vez, tão atrativa com as gotas de chuva, tão resistente na sua fragilidade à vista desarmada, tão forte e poderosa preparada para uma caça a que é dificil escapar. Desta observação e admiração surgiu esta instalação, vendo a sua capacidade de habilidade subtil e quase invisivel fez-me pensar que era uma forma perfeita de representar a ideia de “atrapado”. Presos e atados pelas normas sociais, pelos pensamentos dos outros, pelas aparências, por nós próprios... todas as sensações nos imobilizam e nos paralizam. Temos tantas coisas ao nosso redor que funcionam assim e que nos fazem viver prisioneiros e sem escapatória.
Ver biografia de Marcela Navascués
Nenhum comentário:
Postar um comentário